Nos caminhos do Sertão de Sergipe, a vegetação espinhosa da Caatinga se mistura ao verde que dá o tom na paisagem no inverno. Em Nossa Senhora da Glória, município do Alto Sertão Sergipano, o pórtico na entrada da cidade com o título de capital estadual do leite anuncia a força da produção leiteira na região historicamente castigada pela seca.
Com a média de produção de 50 milhões de litros de leite por ano, a cidade é a maior bacia leiteira do estado. Em 2020, o município de cerca de 40 mil habitantes respondeu sozinho por 13% do leite produzido em todo o território sergipano, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Puxado pela produção leiteira do município, Sergipe ocupa o sexto lugar nacional em produtividade de leite desde o ano de 2019. No entanto, o resultado mais expressivo veio ano passado: o estado registrou um aumento de 28% na produção.
Esse crescimento nos últimos anos coincide com a instalação de duas instituições federais de ensino técnico e superior em Nossa Senhora da Glória. Foram instalados os campi do Instituto Federal de Sergipe (IFS), em 2011, e o da Universidade Federal de Sergipe, quatro anos mais tarde.
Com oito cursos voltados para o arranjo produtivo da agricultura e do comércio da região nas ciências agrárias e da terra, as duas instituições de ensino aproximaram a população do campo da qualificação técnica, por meio de pesquisas científicas e de inovações tecnológicas, gerando inclusão social e desenvolvimento econômico.
A Rádio UFS FM 92.1 ouviu produtores rurais, gestores públicos, professores e estudantes da área sobre as potencialidades da cadeia produtiva do leite a partir da integração do conhecimento técnico-científico com os saberes do homem e da mulher do campo.
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