Qua, 23 de fevereiro de 2022, 09:32

Pesquisadores da UFS acompanham conclusão de vistoria nos cânions de Xingó
Força-tarefa percorreu pontos turísticos de cinco municípios de SE, AL e BA
Cânions estão localizados na região da Usina Hidrelétrica de Xingó. Fotos: Josafá Neto/Rádio UFS
Cânions estão localizados na região da Usina Hidrelétrica de Xingó. Fotos: Josafá Neto/Rádio UFS

Pesquisadores do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) percorreram as águas do Rio São Francisco durante oito dias para auxiliar o mapeamento de risco geológico nos cânions de Xingó. A vistoria foi concluída nesta terça-feira, 22, com a realização de um sobrevoo de helicóptero na região por meio do GTA (Grupamento Tático Aéreo).

Coordenador do Laboratório de Progeologia da UFS, o professor Antônio Jorge Garcia acompanhou a inspeção nos cânions e explicou que "a coleta de dados nos pontos vistoriados com o auxílio de drones é apenas uma das etapas do trabalho de mapeamento."

Doutor em Geociências, Garcia tem mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de pesquisas voltadas à análise e mapeamento de geodiversidade, vulnerabilidade ambiental, riscos geológicos e gestão do território para uso e ocupação sustentável.

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Vistoria nos cânions de Xingó foi concluída com sobrevoo de helicóptero na região
Vistoria nos cânions de Xingó foi concluída com sobrevoo de helicóptero na região

"Quando tivermos a finalização desse trabalho de mapeamento com os resultados em mãos, vamos providenciar o plano de contingência, que é uma ação de resposta, caso venha ocorrer algum desastre nessa região," afirmou o diretor do Departamento de Proteção e Defesa Civil de Sergipe, coronel Luciano Queiroz. O relatório com os resultados do mapeamento deve sair em até 40 dias.

Foram inspecionados trechos de atrativos turísticos em cinco municípios dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia. Canindé do São Francisco, do lado sergipano; Piranhas, Delmiro Gouveia e Olho D’água do Casado, do lado alagoano; e Paulo Afonso, do lado baiano.

O objetivo da vistoria foi indicar possíveis zonas de risco e desprendimento de rochas ao longo dos 60 km de paredões em Xingó, após a tragédia nos cânions do Lago de Furnas, em Capitólio, em Minas Gerais. Dez pessoas morreram após a queda de rochas sobre lanchas no local no último dia 8 de janeiro.

A força-tarefa envolveu ainda geólogos do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e técnicos da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além das defesas civis de Sergipe, de Alagoas e de Canindé do São Francisco.

Josafá Neto - Rádio UFS

comunica@academico.ufs.br


Atualizado em: Qua, 23 de fevereiro de 2022, 09:43

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